Objeto de teto
Olho a lixeira.
Antes e depois.
Cogito a lixeiras.
Por que antes limpa e agora suja?
Estranho me é perceber o objeto em dois estados implicitamente divergentes na mesma situação.
No mesmo teto.
No mesmo copo.
No mesmo mesmo.
São realidades efêmeras ou meus olhos que ouvem preguiçosamente as modificações espaciais. Duas pupilas me informam como se fenômenos existências estivessem a ocorrer e meus dedos e minhas lentes e minha única pele não tivesse a velocidade apropriada, em toda posse, para acompanha-las. Ou não.
Quando vejo tudo em momentos duplos, duplos se tornam os momentos.
Um copo e teto de desprendendo da parede:
Duas paredes!
Dois tempos:
Dois olhos.
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