Há uma rosa caída
Morta
Há uma rosa caída
Bela
Há uma rosa caída
Rosa


Há uma rosa bela
Morta
Há uma morta bela
Torta
Há uma porta aberta
Cela
Há uma tela aberta
Corta
Há uma tranca incerta
Porta

Há uma bota velha
nova
Há uma nova velha
Bota
Há uma velha velha
Zela

Há uma sempre bomba
Pela
Há uma corta bamba
Roída
Há uma pedra branca
Pedra
Há uma gruta cinza
Brota
Há uma lança parda
Fere

Há uma mão cega
Aberta
Há uma ruga reta
Turva
Há uma perna curta
Leve
Há uma boca dura
Pegue
Há uma bunda burra
Esfregue
Há uma cara murcha
Surda
Há uma voz longe
Cega
Há uma dor perto
Muda.

Há uma curva certa
Ímpar
Há uma brisa branda
Dela
Há uma breve lua
Cresce
Há uma dança vela
Gela
Há uma pele dela
Nela

Há uma morta caída
Bela.
Há uma bela caída
Morta

Há dois nadas únicos
Triplos - Mãos Limpas.

2 comentários:

Heyk disse...

Necessitamos sempre de mais amorais.
De amor.

Cara, sabe que vim aqui e achei as figuras do blog bonitas.

E, gostie da estrutura desse poema, o único que li. Ela acaba por ser cansativa. Ele poderia ser mais curto. O problema é tirar o quê?, nÉ? Ah... Mas temrina bem.

"há dois nadas únicos
Triplos - Mãos Limpas."

Arrisco dizer que ele termina bem mesmo. É o melhor verso do texto.

Vamos lá. Eu sou o heyk. Avante!

Méntimus disse...

A persistência do caminho em algum momento adquire seu valor
ou não
vaga vazio em tempo perdido.